segunda-feira, 1 de março de 2010

Artes Visuais

Um texto sobre artes visuais, extraído na íntegra do Site do Ministério da Cultura. Depois da disciplina Arte e Educação, com o professor Reginaldo, acredito que toda a turma, vê arte por um outro prisma.

Linguagens artísticas
Proporcionar a capacitação e a profissionalização dos trabalhadores culturais como política estratégica para as linguagens e a experiência estética
O campo das linguagens desenvolve-se com base na experiência técnica, pesquisa e acesso aos meios de produção e difusão. O fato de alguns artistas populares terem conseguido desenvolver suas habilidades sem qualquer apoio não deve encorajar a crença na espontaneidade ou elogio à precariedade. O desenvolvimento das artes requer apoio e instituições formadoras e mediadoras. Os artistas e técnicos da produção cultural necessitam permanentemente de recursos para sua especialização e atualização. É preciso valorizar e qualificar as instituições de capacitação existentes - como a Escola Nacional de Circo - e criar novas estruturas para articular uma ampla política de oferta de ensino técnico e cursos universitários. Além disso, deve-se apoiar, desde cedo, a profissionalização do artista e dos trabalhadores culturais, ampliando, inclusive, sua adesão a programas de previdência social.

Ampliar o reconhecimento da multiplicidade das artes e dos artistas visuais
O campo das artes visuais não expressa efetivamente uma valorização eqüitativa das expressões simbólicas das diferentes regiões e grupos populacionais brasileiros, tanto no que diz respeito ao circuito expositivo quanto às cadeias econômicas relacionadas a essa linguagem. O desconhecimento público e a carência de espaços de reflexão sobre a história da arte brasileira restringem a circuitos de elite a avaliação e a circulação da produção, legitimada por poucos representantes do pensamento crítico e estético. É necessário desenvolver atividades que levem à formação de público e ao reconhecimento da multiplicidade dos artistas visuais. Entre as principais estratégias para a superação dessa problemática estão o fortalecimento do ensino e da pesquisa sobre as artes visuais, a ampliação de sua visibilidade na mídia, o apoio financeiro à produção, difusão e desconcentração das cadeias produtivas e o fortalecimento da gestão pública dos espaços de fruição da estética visual.

A oferta de cursos de graduação relacionados às artes visuais (englobando belas-artes, artes plásticas, artes visuais, artes e mídia, design e outros) está concentrada em São Paulo e nos três estados do Sul, que detêm cerca de 70% do total. Rio de Janeiro e Minas Gerais abrigam juntos 19% dos cursos dessa modalidade.

Fonte: Sinopses Estatísticas da Educação Superior - Graduação 1995-2005 / INEP: www.inep.gov.br/superior/censosuperior/sinopse/default.asp.
Tornar o Brasil um grande produtor e exportador de audiovisual
O conteúdo audiovisual brasileiro é um ativo de importância cada dia mais estratégico na vida nacional e na inserção global do país. A emergência de novos meios de difusão digital, especialmente a televisão e a internet de banda larga, oferece uma oportunidade decisiva para a distribuição e a exibição da produção audiovisual em língua portuguesa.

Nesse contexto, é preciso reconhecer a centralidade da televisão na cultura brasileira, que está presente em 98% dos lares do país. No entanto, apesar do crescimento relevante de nossa produção, o mercado cinematográfico brasileiro ainda está concentrado nas mãos de poucas empresas internacionais. Por outro lado, os canais de televisão contrariam uma prática global, produzindo quase tudo o que veiculam de conteúdos nacionais. Restringem, assim, o espaço para a produção independente e a expressão da diversidade.

Por isso, o Brasil precisa regionalizar sua infra-estrutura de produção, fortalecendo produtores, distribuidores e programadores nacionais diante da enorme demanda de conteúdo que surge com os novos canais de exibição. O Brasil tem o enorme desafio de apoiar a produção e a distribuição desses conteúdos nacionais e de regular a atividade econômica, para garantir espaço e competitividade à produção de todo o território. A desvinculação entre televisão aberta e produção independente sempre foi um entrave para o desenvolvimento de um modelo de indústria audiovisual mais republicano. O Estado deve apoiar essa aproximação também por meio de mecanismos de fomento.

No cinema, há ainda os desafios da qualificação da formação, da desconcentração e do fortalecimento tecnológico - além do apoio a novos agentes econômicos que possam atuar nessa complexa e exigente economia de forma competitiva. Por fim, deve-se aproveitar as oportunidades da era digital para estimular a proliferação de formas de registro e expressão audiovisual

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